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RH Estratégico #2 - Design Thinking em Recursos Humanos

Atualmente o Design Thinking tem sido muito procurado e desejado pelas grandes e médias empresas. Pessoas que usam essa abordagem como uma maneira de pensar e agir de forma diferente têm uma grande vantagem competitiva no mercado.


Neste artigo você vai mergulhar no que é essencial para pensar de forma inovadora, saber o que é o Design Thinking, quais são seus valores centrais para que isso aconteça, irá entender cada uma das etapas de um processo completo e ter acesso a várias ferramentas que você poderá usar no seu dia a dia, seja como uso profissional ou pessoal.


Qual do Desafio do RH no mundo de hoje ?


Como vimos no artigo anterior, Inserido em um mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), o RH tem de lidar com o fato de que a principal mudança que ocorreu dentro das empresas não foi apenas estrutural, mas sim uma mudança na forma de pensar e de se relacionar das pessoas.


Portanto, o RH se torna cada vez mais estratégico para empresa, com uma série de atividades que permitam embarcar os profissionais adequados, trazendo engajamento e estímulo aos colaboradores, formando lideranças e fortalecendo a cultura organizacional e a visão da empresa.


O objetivo do RH ágil é estar aderente a estratégia da organização, colaborando para o desenvolvimento de processos altamente produtivos, a redução de custos e a otimização da experiência dos colaboradores. É fundamental que o RH desenvolva e gerencie eficientemente as equipes, identificando as principais habilidades que os colaboradores possuem, e que possam contribuir para agregar valor.



Por que o Design Thinking é essencial para o RH ?


O Design Thinking é uma ferramenta que se aproximas da mentalidade ágil e que tem por princípio colocar as pessoas no centro. Tem como abordagem o desenho de soluções integradas entre as necessidades do público e do negócio. Não é um modelo fechado, mas sim uma forma de estimular ideias e tomadas de decisão, através da interação com todos os envolvidos, de forma coletiva, buscando vislumbrar todas as perspectivas possíveis para atender a demanda.


Do ponto de vista do RH, colocar as pessoas no centro faz com que a experiência do colaborador seja melhorada, a partir do momento que ele passa a ´perceber de forma integrada os valores e objetivos da organização, através da troca de ideias e experiencias. Normalmente possui quatro etapas:  1) Imersão (aprofundamento dos detalhes que envolve o negócio, avaliando ameaças, oportunidades, fraquezas e pontos fortes); 2) Ideação: produzir ideias que atendam a necessidade de negócio avaliada na primeira fase; 3) Prototipação: Filtrar as ideias elencadas anteriormente e testar sua viabilidade; 4) Desenvolvimento: desenvolver e entregar o produto/serviço final.


Pode ser explorado no RH, por exemplo, no processo de treinamento, onde os especialistas se reúnem com o cliente interno para conhecer suas necessidades, dores, limitações e desejos


Fases do Design Thinking


Design Thinking é uma abordagem para a resolução de problemas e desenvolvimento de soluções inovadoras, com foco nas necessidades e experiências dos usuários. Originado no mundo do design, o Design Thinking é aplicável em diversas áreas, desde negócios e tecnologia até serviços públicos e saúde.


Essa abordagem geralmente segue um processo iterativo e colaborativo, que envolve várias etapas, como empatia, definição, ideação, prototipagem e teste. Aqui está uma breve explicação de cada uma dessas etapas:

Empatia: Envolve entender profundamente os usuários, suas necessidades, desafios e contextos. Isso é feito por meio de observação, entrevistas e imersão no ambiente dos usuários.


Definição: Nesta fase, os insights obtidos durante a etapa de empatia são consolidados para definir claramente o problema a ser resolvido. É importante formular uma questão desafiadora e específica para orientar o processo de design.


Ideação: Os participantes geram uma ampla gama de ideias para resolver o problema identificado. O objetivo é explorar o máximo de soluções possíveis, sem julgamento inicial, promovendo a criatividade e a inovação.


Prototipagem: As ideias mais promissoras são selecionadas e transformadas em protótipos tangíveis ou simulações que podem ser testados e refinados. Os protótipos podem variar de esboços simples a modelos mais sofisticados, dependendo do estágio do processo e dos recursos disponíveis.


Teste: Os protótipos são testados com os usuários reais para obter feedback sobre sua eficácia, usabilidade e adequação às necessidades. Com base nesse feedback, os protótipos são refinados e iterados, se necessário.



Fase de Empatia / Descoberta


A etapa de descoberta, também conhecida como empatia, é o primeiro passo fundamental no processo de Design Thinking. Nesta fase, o foco principal é entender profundamente os usuários, suas necessidades, desejos, motivações e experiências. Aqui está uma descrição detalhada da etapa de descoberta:


Definição do problema: Antes de iniciar a fase de descoberta, é importante definir claramente o problema que será abordado. Isso envolve formular uma questão desafiadora e específica que guiará todo o processo de design.


Imersão no contexto do usuário: Para entender verdadeiramente os usuários, é essencial mergulhar em seus contextos e ambientes. Isso pode envolver observação direta, entrevistas, conversas informais e outras técnicas de pesquisa para obter uma compreensão abrangente de suas vidas e experiências.


Entrevistas em profundidade: Durante a fase de descoberta, os designers conduzem entrevistas em profundidade com uma variedade de usuários relevantes. O objetivo é ouvir suas histórias, entender suas necessidades e desejos, identificar padrões e descobrir insights que possam informar o processo de design.


Empatia e compreensão: A empatia é um aspecto fundamental da fase de descoberta. Os designers devem se esforçar para se colocar no lugar dos usuários, tentando entender o mundo através de seus olhos. Isso envolve não apenas compreender suas necessidades práticas, mas também suas emoções, valores e aspirações.


Análise de dados e síntese de insights: Após coletar uma variedade de dados, incluindo observações, entrevistas e outras fontes de informações, os designers analisam e sintetizam esses dados para identificar padrões, tendências e insights significativos. Isso ajuda a revelar as principais necessidades, problemas e oportunidades que informarão o desenvolvimento de soluções.


Definição de personas e jornadas do usuário: Com base nos insights obtidos durante a fase de descoberta, os designers podem criar personas representativas dos diferentes tipos de usuários e mapear suas jornadas para entender melhor seus pontos de dor, necessidades não atendidas e oportunidades de melhoria.


Ao final da fase de descoberta, os designers devem ter uma compreensão profunda dos usuários e de seus contextos, bem como uma série de insights e pontos de partida para informar o desenvolvimento de soluções inovadoras e centradas no usuário nas etapas seguintes do processo de Design Thinking.


Ferramentas utilizadas nessa etapa


Mapa de Empatia: O mapa de empatia é uma ferramenta visual que ajuda os designers a entenderem mais profundamente os usuários, suas necessidades, desejos, motivações e experiências. Geralmente, é dividido em seções que representam diferentes aspectos do usuário, como o que ele pensa e sente, o que vê e ouve, o que diz e faz, e quais são suas dores e ganhos. O mapa de empatia ajuda a consolidar os insights obtidos durante a fase de empatia e fornece uma visão holística do usuário, facilitando o desenvolvimento de soluções que atendam às suas necessidades.


Avatar: Um avatar é uma representação fictícia de um usuário específico, baseada em dados reais coletados durante a fase de empatia. O avatar é uma personificação dos diferentes tipos de usuários que podem interagir com um produto ou serviço. Ele geralmente inclui informações demográficas, como idade, gênero, ocupação e localização, além de insights comportamentais, necessidades e objetivos. Criar avatares ajuda os designers a visualizar e entender melhor os diferentes segmentos de usuários e a projetar soluções personalizadas para atender às suas necessidades específicas.


Persona: Uma persona é uma representação mais detalhada e narrativa de um usuário fictício, baseada em dados reais e insights coletados durante a fase de empatia. Uma persona vai além de informações demográficas e comportamentais para incluir detalhes como histórias de vida, motivações, aspirações, desafios e pontos de dor. As personas são usadas pelos designers para criar empatia com os usuários, informar o desenvolvimento de soluções centradas no usuário e garantir que as necessidades e objetivos dos usuários sejam considerados em todas as etapas do processo de design.


Os 5 porquês é uma ferramenta que busca descobrir a causa raiz de um problema a partir de seus sintomas. Na prática, consiste em perguntar cinco ou mais vezes o porquê de um problema até chegar a uma causa satisfatória que explique o fato originante do problema. É importante que essa técnica seja realizada em equipe e com a (s) pessoas (a) implicada (s) no problema investigado. É um momento importante também para a geração de insigths, fundamentais para a etapa da ideação.


Essas ferramentas são fundamentais no Design Thinking para garantir que os designers compreendam profundamente os usuários e desenvolvam soluções que atendam às suas necessidades de maneira significativa e eficaz. Ao criar mapas de empatia, avatares e personas, os designers podem visualizar e entender melhor os diferentes segmentos de usuários, identificar oportunidades de inovação e criar soluções personalizadas que agreguem valor real aos usuários.


Definição


Nesta etapa o objetivo consiste em analisar as informações e experiências adquiridas na etapa anterior e delimitar o problema. É o momento do processo onde entender o que se busca solucionar é essencial para obter insights e ideias criativas na próxima etapa.


Na metodologia do Design Thinking, a etapa de definição é crucial, pois é onde os problemas são definidos de forma clara e precisa, garantindo que a equipe esteja focada em resolver os desafios certos. Aqui está uma descrição detalhada da etapa de definição:


Revisão dos Insights da Etapa de Descoberta: Antes de começar a definir os problemas, é importante revisar e consolidar os insights obtidos durante a etapa de descoberta. Isso envolve a análise dos dados coletados, identificação de padrões, tendências e pontos-chave relacionados às necessidades e desafios dos usuários.


Identificação dos Pontos de Dor e Oportunidades: Com base nos insights da etapa de descoberta, a equipe busca identificar claramente os pontos de dor dos usuários e as oportunidades de melhoria. Isso pode envolver a priorização dos problemas mais urgentes ou impactantes, bem como a identificação de áreas onde a inovação pode agregar valor significativo aos usuários.


Definição de Objetivos e Metas: Uma vez que os problemas foram identificados, a equipe define objetivos claros e específicos para orientar o processo de design. Isso envolve estabelecer o que se espera alcançar com as soluções desenvolvidas e quais critérios serão usados para avaliar o sucesso.


Formulação de um Desafio (ou Pergunta de Design): Com base nos objetivos estabelecidos, a equipe formula um desafio ou pergunta de design que encapsula o problema a ser resolvido. Esta pergunta desafiadora orienta o pensamento criativo e a geração de soluções durante as próximas etapas do processo de Design Thinking.


Definição de Critérios de Sucesso: Além de estabelecer objetivos, é importante definir critérios claros para avaliar o sucesso das soluções desenvolvidas. Isso ajuda a equipe a manter o foco nos resultados desejados e a garantir que as soluções atendam aos requisitos e expectativas dos usuários e partes interessadas.


Alinhamento da Equipe e dos Stakeholders: Por fim, é fundamental garantir que todos os membros da equipe e as partes interessadas estejam alinhados em relação aos problemas a serem abordados, aos objetivos estabelecidos e aos critérios de sucesso definidos. Isso promove uma compreensão compartilhada do desafio e ajuda a garantir que todos estejam trabalhando na mesma direção.


Em resumo, a etapa de definição no Design Thinking é onde os problemas são claramente identificados, objetivos são estabelecidos e um desafio de design é formulado. Esta etapa é fundamental para garantir que a equipe esteja focada em resolver os problemas certos e que as soluções desenvolvidas atendam às necessidades e expectativas dos usuários e partes interessadas.


Ferramentas utilizadas nessa fase


O diagrama de afinidades é uma ferramenta usada para agrupar informações que tenham relação entre si, quer por proximidade ou por dependência . Ela é importante para a equipe organizar por tema todas as informações coletadas na fase da empatia e ajudar para a definição do problema.


Matriz de Definição de Problema - esta ferramenta ajuda a equipe a re(pensar) o problema através de diferentes questões e pontos de vista.



Ideação


A etapa de ideação é uma fase crucial do processo de Design Thinking, onde a equipe busca gerar uma ampla variedade de ideias criativas e inovadoras para resolver os problemas identificados na etapa de definição. Aqui está uma descrição detalhada da etapa de ideação:


Preparação e Definição do Espaço: Antes de iniciar a sessão de ideação, é importante preparar o ambiente físico e mental para promover a criatividade. Isso pode incluir a escolha de um local inspirador, a criação de uma atmosfera relaxada e acolhedora, e a definição de regras básicas, como suspensão do julgamento durante o processo de geração de ideias.


Estímulo Criativo: Para estimular a criatividade, a equipe pode começar com atividades de aquecimento, como exercícios de brainstorming ou jogos criativos. Isso ajuda a liberar a mente e a preparar os participantes para pensar de forma divergente e aberta.


Geração de Ideias: Durante a fase de ideação, a equipe gera uma ampla variedade de ideias sem restrições. O objetivo é gerar o maior número possível de ideias, sem se preocupar com sua viabilidade ou praticidade neste momento. As ideias podem ser expressas de várias formas, como palavras-chave, desenhos, esboços, diagramas ou protótipos rápidos.


Técnicas de Geração de Ideias: Existem várias técnicas e ferramentas que podem ser utilizadas para estimular a geração de ideias criativas, tais como brainstorming, brainwriting, mapa mental, SCAMPER (Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Potencializar, Eliminar, Reverter), entre outras. Cada técnica tem suas próprias características e pode ser adaptada de acordo com as necessidades e preferências da equipe.


Encorajamento da Divergência: Durante a ideação, é importante encorajar a divergência, ou seja, a geração de ideias variadas e originais. Isso significa que todas as ideias, por mais incomuns ou aparentemente impossíveis, são bem-vindas. A ênfase está na quantidade e na originalidade das ideias, não na qualidade ou viabilidade neste estágio.


Colaboração e Construção de Ideias: A ideação muitas vezes envolve trabalho em equipe e colaboração. Os membros da equipe podem construir e aprimorar ideias uns dos outros, combinando elementos de diferentes propostas para criar soluções mais abrangentes e inovadoras.


Registro de Ideias: Durante a sessão de ideação, é importante registrar todas as ideias geradas, seja em um quadro branco, em notas adesivas, em um documento digital ou em outro formato. Isso permite que a equipe possa revisitar as ideias posteriormente e selecionar aquelas que serão desenvolvidas mais adiante.


Em resumo, a etapa de ideação no Design Thinking é um momento de exploração criativa e geração de ideias inovadoras para resolver os problemas identificados. É uma fase de divergência, onde a equipe busca explorar uma ampla gama de possibilidades antes de convergir para as soluções mais promissoras nas etapas seguintes do processo.


Ferramentas utilizadas nessa etapa


Pesquisa Desk : a pesquisa Desk, cujo nome origina de Desktop, consiste na busca de informações complementares em diversas fontes: sites, livros, artigos, revistas e vídeos sobre o assunto estudado no projeto. O uso do fichamento ou mesmo anotações é importante neste tipo de pesquisa, de modo que as informações obtidas estejam acessíveis a todos os membros da equipe e em todas as etapas do processo. A pesquisa Desk além de complementar a pesquisa com as pessoas na fase da empatia, ela é uma ferramenta importante para fornecer subsídios aos membros da equipe durante a realização do Brainstorming, pois sem conhecimento não há criatividade.


O Brainstorming é um método de geração de ideias em grupo. Cada integrante da equipe a partir de seus conhecimentos prévios e mais as informações obtidas nas fases da empatia e da definição do problema sugere ideias para desenvolver uma solução para o problema escolhido pela equipe. Para que o brainstorming dê certo é necessário seguir algumas regras: 1º- Definir um líder para coordenar a reunião; 2º- Os integrantes devem ter conhecimento do assunto e colaborar com as suas ideias; 3º- Nenhuma ideia deve ser descartada; 4º- Todas as ideias devem ser registradas; 5º - Boas ideias podem ser geradas a partir de outras ideias; 6º- As melhores ideias devem ser destacadas e reavaliadas


A Matriz SWOT é uma ferramenta voltada para a avaliação do ambiente interno e externo da equipe antes de tirar a ideia do papel, ou seja, antes de iniciar a prototipação. Através dessa técnica, a equipe deve avaliar se a solução escolhida tem condições de obter sucesso quer pelas condições internas: forças e fraquezas, quer pelas condições externas: ameaças e oportunidades. A tomada de decisão estratégica é fundamental para que a solução seja viável tecnicamente e financeiramente, assim como desejável humanamente.



Prototipação


A etapa de prototipação no Design Thinking é onde as ideias geradas na fase de ideação começam a se materializar em formas tangíveis e testáveis. Essa etapa é crucial para explorar e iterar rapidamente as soluções propostas, permitindo que a equipe obtenha feedback dos usuários e faça ajustes antes da implementação final. Aqui está uma descrição detalhada da etapa de prototipação:


Seleção de Ideias para Prototipagem: Após a fase de ideação, a equipe revisa e seleciona as ideias mais promissoras para prototipagem. Essas ideias são aquelas que têm potencial para resolver os problemas identificados na fase de definição e que parecem mais viáveis e relevantes para os usuários.


Definição do Nível de Fidelidade do Protótipo: Antes de começar a prototipagem, a equipe decide o nível de fidelidade ou detalhamento do protótipo. Isso pode variar desde protótipos de baixa fidelidade, como esboços ou maquetes simples, até protótipos de alta fidelidade, que se aproximam mais do produto final em termos de funcionalidade e aparência.


Desenvolvimento dos Protótipos: Com base nas ideias selecionadas e no nível de fidelidade definido, a equipe começa a desenvolver os protótipos. Isso pode envolver o uso de diferentes materiais e técnicas, como papel e lápis para protótipos de baixa fidelidade, ferramentas de design digital para protótipos de média fidelidade, ou até mesmo impressão 3D e fabricação rápida para protótipos de alta fidelidade.


Teste e Iteração: Assim que os protótipos estão prontos, a equipe os submete a testes com os usuários reais. O objetivo é obter feedback sobre a usabilidade, funcionalidade, eficácia e aceitação das soluções propostas. Com base nesse feedback, a equipe itera e faz ajustes nos protótipos, refinando e aprimorando as soluções conforme necessário.


Comunicação e Colaboração: Durante o processo de prototipagem, é importante manter uma comunicação aberta e colaborativa entre os membros da equipe. Isso permite compartilhar ideias, discutir soluções e resolver desafios de forma eficaz, garantindo que todos estejam alinhados em relação aos objetivos e às direções do projeto.


Avaliação de Viabilidade e Viabilidade Técnica: Além do feedback dos usuários, a equipe também avalia a viabilidade técnica e econômica das soluções propostas durante a prototipagem. Isso ajuda a garantir que as soluções desenvolvidas sejam factíveis de implementar dentro das restrições de recursos e prazos disponíveis.


Documentação e Registros: Por fim, é importante documentar e registrar todos os protótipos desenvolvidos, bem como o feedback obtido durante os testes. Isso fornece um histórico valioso do processo de design, facilitando a revisão e a tomada de decisões futuras.


Em resumo, a etapa de prototipação no Design Thinking é onde as ideias começam a se materializar em formas tangíveis e testáveis. É uma fase de experimentação, iteração e refinamento, onde a equipe busca desenvolver soluções eficazes e centradas no usuário antes de avançar para a implementação final.


Ferramentas utilizadas nessa etapa


A matriz de feedback é uma ferramenta indispensável na avaliação do protótipo. Permite a equipe desenvolvedora da solução obter o retorno das pessoas / usuários, o que é importante para a detectar erros e realizar correções permitindo que haja uma evolução da solução antes da entrega final.



Implementação


O processo de Design Thinking é concluído com a implementação da solução desenvolvida e a avaliação do seu impacto. Aqui está uma visão geral de como se conclui todo o processo:


Implementação da Solução: Após a fase de prototipação e testes, a solução final é desenvolvida e implementada. Isso pode envolver a produção de um produto final, a implementação de um novo serviço ou a introdução de uma mudança organizacional, dependendo do problema que está sendo resolvido.


Avaliação do Impacto: Após a implementação da solução, é importante avaliar o seu impacto e eficácia. Isso pode ser feito através de métricas e indicadores de desempenho previamente definidos durante a fase de definição. A equipe analisa se a solução atendeu aos objetivos estabelecidos, se teve o impacto desejado nos usuários e se trouxe valor para a organização.


Feedback Contínuo e Iteração: O processo de Design Thinking é cíclico e iterativo, o que significa que a equipe continua a receber feedback, aprender com as experiências e iterar nas soluções ao longo do tempo. Mesmo após a implementação, é importante continuar monitorando e ajustando a solução conforme necessário para garantir que ela permaneça relevante e eficaz.


Celebração e Reconhecimento: Após a conclusão bem-sucedida do processo de Design Thinking, é importante reconhecer e celebrar os esforços da equipe. Isso pode incluir a celebração dos sucessos alcançados, o reconhecimento do trabalho árduo e criativo da equipe e a valorização das lições aprendidas ao longo do processo.


Documentação e Compartilhamento de Aprendizados: Por fim, é importante documentar e compartilhar os aprendizados obtidos durante todo o processo de Design Thinking. Isso ajuda a capturar e preservar o conhecimento adquirido, facilitando futuros projetos e promovendo uma cultura de inovação e aprendizado contínuo na organização.


Em resumo, o processo de Design Thinking é concluído com a implementação da solução desenvolvida, a avaliação do seu impacto, o feedback contínuo e a iteração, a celebração dos sucessos e o compartilhamento de aprendizados. É um processo dinâmico e adaptativo que visa resolver problemas de forma criativa e centrada no usuário, gerando valor tanto para os usuários quanto para a organização.



E no RH ? Exemplo voltado a Recursos Humanos


Um exemplo rápido de como o Design Thinking pode ser aplicado em Recursos Humanos (RH) é o seguinte:


Problema: A empresa está enfrentando altos índices de rotatividade de funcionários em um determinado departamento.


Aplicação do Design Thinking:


Empatia:

Os profissionais de RH realizam entrevistas individuais e em grupo com os funcionários do departamento afetado para entender suas razões para sair da empresa. Eles também observam o ambiente de trabalho e buscam identificar padrões de comportamento.


Definição:

Com base nas informações coletadas na fase de empatia, os profissionais de RH definem o problema como "baixa satisfação dos funcionários devido à falta de oportunidades de desenvolvimento profissional e feedback insuficiente".


Ideação:

A equipe de RH realiza uma sessão de brainstorming para gerar ideias de como abordar o problema da falta de desenvolvimento profissional e feedback. Ideias podem incluir programas de mentoria, treinamentos personalizados, sessões de feedback regulares e a criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo.


Prototipagem:

Os profissionais de RH escolhem algumas das melhores ideias geradas na fase de ideação e as transformam em protótipos simples. Por exemplo, eles podem criar um programa piloto de mentoria e desenvolver um formulário de feedback online para os funcionários expressarem suas preocupações e sugestões.


Teste:

O programa piloto de mentoria e o formulário de feedback são testados com um grupo piloto de funcionários selecionados. Os profissionais de RH monitoram atentamente os resultados e coletam feedback para avaliar a eficácia das soluções propostas.


Com base no feedback dos funcionários e nos resultados obtidos durante o teste, os profissionais de RH podem iterar e ajustar as soluções conforme necessário antes de implementá-las em toda a organização. Este é um exemplo simples de como o Design Thinking pode ser aplicado em RH para resolver problemas complexos centrados nas pessoas.


Minha Experiência Profissional


Em 2019, liderei a implantação de metodologia ágil em uma empresa de Recrutamento de Talentos em Tecnologia de Informação de porte médio em São Paulo, especializada em outsourcing do processo de recrutamento e seleção, que atendia empresas do setor varejista, financeiro e de serviços. Esta mudança de paradigma foi resultado da dificuldade da empresa em conseguir um reposicionamento no mercado, frente as exigências dos clientes, velocidade de transformação do mercado, entrada constante de novos players e alta rotatividade de mão de obra especializada em recrutamento e seleção em TI.


Enquanto os clientes estavam em profunda reestruturação em busca de agilidade, a empresa ainda adotava formas tradicionais de trabalho e processos. Aproximadamente R$ 700 milhões foram movimentados pelo setor de terceirização de processos de RH no Brasil, de acordo com um estudo realizado pela Associação Brasileira dos Provedores de Outsourcing de RH (ABPO-RH), que representa as principais empresas fornecedoras desses serviços, o que demonstra a importância desse reposicionamento para a empresa.

 


Adotou-se o Design Thinking como ferramenta de análise da situação da empresa frente aos clientes. Foi reunido um grupo formado pelos recrutadores, líderes internos e líderes dos clientes, para realizar a imersão no negócio, entendendo os processos e tipos de vagas, desejos de cada cliente, pontos fortes e fracos. Durante a fase de Ideação, chegamos à conclusão que deveríamos focar na esteira de R&S exibido acima, implementando métodos e ferramentas durante o protótipo. É importante compreender a situação atual da organização e identificar as causas fundamentais dos problemas; estabelecendo metas de aprimoramento, com indicadores e objetivos numéricos; definindo de forma colaborativa a meta a ser alcançada a médio prazo; elaborando um plano de ação; e, ao atingir a meta, buscar continuamente por novas melhorias.


O grande desafio foi a mudança de mentalidade, tanto para os recrutadores, como para a gestão operacional e estratégica. O primeiro passo foi definir que tipo de vaga traz realmente valor estratégico ao negócio: a empresa deve focar em quantidade ou qualidade? Existiam clientes com muitas posições em aberto, de fácil contratação, porém de baixo retorno financeiro; por outro lado existiam posições mais complexas e de difícil contratação, mas que traziam maior retorno. Além disso, a remuneração dos especialistas se dava em cima da quantidade de vagas fechadas (contratadas) e não pelo retorno financeiro. Por conta disso, se optava por trabalhar nas vagas mais fáceis, o que aumentava a comissão do recrutador (que era dono do cliente, em detrimento dos que tinham clientes com vagas mais complexas), mas que não necessariamente davam alto retorno para a empresa.


A principal finalidade da utilização do Design Thinking foi criar o “perfil desejado” para cada vaga de cada cliente. Assim, ao incluirmos a vaga no processo do Scrum, a mensuração da dificuldade e prioridade de cada vaga já estava bem definida, o que facilitou a construção do Backlog e distribuição das vagas pela equipe, aliado ao feedback dos recrutadores.


Desafio !!


Identifique uma oportunidade específica em sua organização onde possa aplicar os princípios do Design Thinking para resolver um problema de Recursos Humanos.


Compartilhe suas ideias e planos de ação nos comentários ou através do link : https://drive.google.com/drive/folders/1cJRfr7RNJwSDSa2BRoZYIN1pYF1MIdfb?usp=sharing , para obter feedback e tirar duvidas.


Como gerar Valor e tornar seu RH Estratégico


Como vimos anteriormente, o RH tem de lidar com o fato de que a principal mudança que ocorreu dentro das empresas não foi apenas estrutural, mas sim uma mudança na forma de pensar e de se relacionar das pessoas (Fogel e Almeida et al.,2021).


Portanto, o RH se torna cada vez mais estratégico para empresa, com uma série de atividades que permitam embarcar os profissionais adequados, trazendo engajamento e estímulo aos colaboradores, formando lideranças e fortalecendo a cultura organizacional e a visão da empresa.


Para isso o RH precisa estar preparado metodologicamente para realizar seus objetivos e entregar valor para a empresa. As metodologias adaptativas, ou ágeis, podem auxiliar nessa formação de um novo RH. Através de ferramentas como Scrum, Kanban, Design Thinking, entre outras, a área pode se tornar mais estratégica, focando nas pessoas, identificando mais rapidamente problemas, se tornando mais flexível, mais produtiva, reduzindo custos operacionais e aumentando a experiência do colaborador.


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